sábado, 24 de fevereiro de 2007

Violência no desporto! Não obrigado!

"Zinedine Zidane voltou hoje aos relvados em Chiang Mai, na Tailândia, num encontro de beneficiência pelos jovens portadores do vírus da Sida.

O francês actuou frente a mais de 10 mil pessoas e marcou um golo aos 36' com um chapéu perfeito ao guarda-redes, num encontro que acabou empatado a 2 golos.

Instigado a comentar a sua acção de solidariedade, o médio afirmou que o "desporto hoje em dia, tal como a vida, tem que ser mais do que um jogo".

Foi pena não ter tido a noção da sua responsabilidade social naquele memorável jogo, em que fez uma investida violenta sobre o seu colega de profissão italiano.

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Todos nós sabemos que jogadores como Zidane têm inúmeros fãs jovens, que ainda não têm um desenvolvimento cognitivo que permita ter um sentido crítico sobre este tipo de acontecimentos (percebe-se onde queremos chegar!!!).
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Na maioria das vezes a responsabilidade pela violência no desporto dá-se por culpa dos seus intervenientes, que não têm uma formação/responsabilidade para serem uma referência social.

Nota: "Errar é humano" - Zidane foi só um exemplo, erros como o deste desportista que já tanto fez pelo futebol mundial e que tanto está a fazer para aumentar a qualidade de vida dos mais carenciados, existem inúmeros!

Nós profissionais do Desporto temos que trabalhar para que este tipo de comportamentos entre em extinção!
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Para bem do espectáculo desportivo!

João Sá Pinho

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Treino das Tecnologias/Técnicas nos Desportos Colectivos

Continuando o nosso discurso tendo sempre como base o conceito de rendimento, o tema que propomos neste “post”, é o treino de acções tecnológicas/técnicas numa dinâmica de grupo. No treino de desportos colectivos, é fundamental considerar que cada jogador faz parte de um todo - a equipa, que mantém uma relação dinâmica com os seus adversários. Uma equipa de futebol até poderá ter 11 jogadores bastante evoluídos no domínio das tecnologias/técnica, com uma grande precisão nos passes e nos remates. Mas se esses jogadores não souberem interagir com os seus colegas de equipa e adversários, de pouco ou nada valem as suas aprimoradas capacidades.
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Se de um modo geral, considerarmos como válido o que foi anteriormente citado, rapidamente compreendemos que o treino dessas tecnologias/técnicas de pouco ou nada servem quando treinadas de forma isolada. Por exemplo, de que vale um jogador conseguir colocar a bola exactamente nos pés de um colega de equipa, se não é capaz de integrar esta acção com a possível intercepção da bola por parte dos adversários. De que vale um jogador conseguir fazer passes com alto nível de precisão se não consegue ponderar o rendimento que a equipa poderá ter ao fazer um passe para o colega “X” ou para o colega “Y”… Por este motivo, defendemos que o treino das técnicas/tecnologias deve ser integrado num contexto que se aproxime o mais possível da situação de jogo, porque elas são um meio para facilitar a relação/diálogo entre colegas de equipa e adversários. Se no treino não consideramos a sua função e o seu contributo para a optimização do jogo colectivo, não poderemos estar a solicitar os comportamentos que deveriam estar a ser solicitados!
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Gostaria de clarificar, que por vezes não deixa de ser importante treinar situações de menor complexidade, mas é necessário ter sempre presente que para haver treino, é fundamental que o desportista esteja nos seus limites funcionais, sem isto acontecer, o desportista não sofre uma estimulação suficiente para que se tenha de adaptar/readaptar às solicitações impostas pelo exercício. Estas adaptações/readaptações, promovem que o desportista passe para um “nível superior”, ou seja, uma melhoria das suas capacidades, que é a função do treino.

Deixemos de treinar gestos, passemos a treinar acções intencionais!!!

João Sá Pinho