domingo, 13 de outubro de 2013

Desporto turismo, a Serra da Estrela e a Sustentabilidade do Interior…


Se o desporto espetáculo está envolvido pelo grande interesse das populações, o desporto turismo apresenta um potencial acrescentado por três importantes razões: 1) coloca o cliente como protagonista da atividade, proporcionando um importante combate aos flagelos da sociedade atual, hipertensão, obesidade, entre outros; 2) proporciona uma sinergia económica entre diferentes setores como hotelaria, restauração, comércio tradicional, entre outros; 3) promove a redução do stress do dia-a-dia, fazendo com que o praticante se dissocie da rotina, sendo uma atividade equilibradora ao nível psico-emocional, que lhe permite regressar para a sua atividade laboral, num estado de predisposição mais elevado.

Dada a evolução que o turismo desportivo teve nos últimos anos, deixou de ser uma atividade virada apenas para uma sociedade elitista, podendo ser transversal a todas as classes económicas, tornando-se um produto de consumo usual.

Segundo estudos recentes, quanto maior o número de recursos desportivos possui uma região, maior probabilidade tem de atrair turismo. Cada vez mais, quando um turista pondera onde passar as suas férias, procura informações quanto às atividades que poderá realizar no local e nas zonas periféricas.

Na nossa região existem vários recursos disponíveis para a referida prática desportiva, entre eles a Serra da Estrela. A exploração desportiva deste recurso natural, torna-se de certa forma sazonal, pois a referência desportiva são os desportos de inverno, estando estes dependentes das condições climatéricas. Outro constrangimento que impede a prática desportiva neste fabuloso recurso é o facto de estar inserido num Parque Natural, que de certa forma impede que haja uma legal utilização para a prática desportiva, nomeadamente em desportos de aventura como a escalada, percursos pedestres, BTT, corrida de orientação, estre outras.

Apesar de perceber que os locais com mais potencial desportivo da Serra da Estrela estão localizados dentro do Parque Natural, considero que isto não deve ser na sua totalidade impeditivo da prática desportiva, mas sim, permitir a prática desportiva cuidada e devidamente regulamentada, tendo sempre em consideração o fluxo de pessoas que utilizam esse espaço e a frequência de utilização. Na verdade, o desportista de Natureza é normalmente cuidadoso, pois disfruta de um espaço que por si é também valorizado, querendo-o preservar para futuras utilizações.

Dada a sazonalidade dos desportos de inverno, dada a oferta desportiva disponível seria importante pensar em otimização da utilização do recurso natural Serra da Estrela, como forma de promover o turismo desportivo através da criação de percursos pedestres, bike park, escola de escalada, entre outros. Seria importante alguém pensar em disponibilizar on-line roteiros gastronómicos, desportivos e culturais como um todo. Nesses mesmos roteiros assinalar "pontos desportivos", permitir o adequado acompanhamento da prática e desenvolvimento dessas modalidades, fornecendo um conjunto de dados importantes para a avaliação dos seus impactos no espaço natural. Será importante regulamentar, para que o Parque Natural da Serra da Estrela tenha uma lógica de proteção que também contemple a sustentabilidade da região.

Seria importante alguém pensar que ir a um estância europeia a partir de Lisboa, fica tão caro como vir de Lisboa à Serra da Estrela, dados os gastos de viagem (combustível, portagens, …), alojamento, alimentação, atividades realizadas, entre outras. Seria importante continuar a lutar contra os ideais dos iluminados, que colocaram pórticos nos únicos acessos dignos ao interior do país. Será importante continuar a lutar pelo interior do país! E o desporto poderá ser um grande argumento de luta quando associado ao turismo.

REMATE DA SEMANA: “Muitos que lutam pela igualdade, quando se veem beneficiados pela inferioridade mudam de opinião rapidamente.Juan Desidério

Artigo publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 24.09.2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Os treinadores promovidos pelo (des)mérito!


Por uma lógica de justiça, o treinador com melhor rendimento desportivo, deveria ver o seu mérito reconhecido pelos dirigentes desportivos e ter a oportunidade de treinar clubes cada vez mais prestigiados. Quando falo em rendimento, não me refiro só a títulos, mas sim à relação entre recursos disponíveis (jogadores, infraestruturas, equipamentos de apoio ao treino, staff, entre outros) e resultados alcançados. Mas, na verdade existe uma lógica que transcende o senso comum, que me leva a concluir que em determinadas situações (e são muitas) o mérito pouca influência tem na escolha de um treinador.

Costinha é um exemplo disso mesmo. Enquanto jogador foi extraordinário, ganhando a Liga francesa (1999/2000), Supertaça francesa (2000/2001), Taça UEFA (2002/2003),Liga portuguesa (2002/2003 e 2003/2004), Taça de Portugal (2002/2003), Supertaça Portuguesa (2002/2003 e 2003/2004), Liga dos Campeões da UEFA (2003/2004), Taça Intercontinental (2004). Também ao serviço da seleção teve prestações dignas que ficam na história do futebol português. Mas, quando analisamos o seu percurso pós carreira de jogador profissional de futebol, muitas dúvidas pairam no ar. Ora vejamos, no dia 25 de Fevereiro de 2010, foi anunciado como o novo diretor Desportivo do Sporting Clube de Portugal, tendo desempenhado funções até ser despedido em 9 de Fevereiro de 2011, como se pode avaliar o seu com contributo ao Sporting? A resposta fica para si! Em 2011 ainda assume a função de diretor desportivo do Servette, tendo sido “libertado” no ano seguinte. Qual foi o seu contributo? A resposta fica para si! Em Fevereiro de 2013, Costinha assinou um contrato válido até ao final da época 2012/2013 com o clube Beira Mar, para assumir as funções de técnico principal. Atingiu o objetivo? A resposta fica para si!

Então, como prova do seu (des)mérito tem a oportunidade de treinar o Paços de Ferreira na presente época, equipa com uma herança bastante pesada tendo em conta a brilhante classificação da época passada. Mais… tem também a oportunidade de disputar a Liga dos Campeões. Pois é… a Liga dos Campeões talvez seja uma prova demasiado exigente para o Paços de Ferreira, portanto tolera-se que tenham sido eliminados! Relativamente à primeira liga portuguesa, o Paços de Ferreira ainda não ganhou um único jogo. O calendário também não foi o mais favorável, pois os Castores já defrontaram o Sporting de Braga, perdendo (0-2), já defrontaram o F.C. Porto, perdendo (0-1), já defrontaram o Benfica, perdendo (3-1), é verdade há treinadores com um azar desgraçado! Ups será que se confirma aquele ditado popular que diz que “azar vem de azelha”! Deixando intencionalmente para o fim, o Paços de Ferreira também perdeu com o Olhanense por (1-0), o Olhanense treinado por Abel Xavier que nunca treinou nenhuma equipa e nem sequer adjunto foi... Mais um treinador sem méritos, nem (des)méritos, enfim… sem carreira! Como é que alguém chega a uma equipa profissional do nada? É mais uma história que fica por contar! Algo que rodeia o futebol para além do rendimento desportivo! Mas isso já sabemos à muito!

Remate da semana: “O mundo recompensa mais vezes as aparências do mérito do que o mérito verdadeiro”. François La Rochefoucauld
Artigo publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 17.09.2013

Lionel Messi, a prova que ser diferente não é ser pior!


Recentemente tem sido difundido pela web, que Messi é autista. A ser verdade considero algo fascinante! Segundo fui pesquisando foi-lhe diagnosticado aos 8 anos de idade o Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma mais ligeira de autismo. Apesar deste diagnóstico ter sido pouco divulgado, talvez para proteger o jogador, o que é certo é que um olhar mais atento sobre o comportamento do craque do Barcelona, leva-nos a encaixar as peças do puzzle a suspeitar que é algo que faz sentido.

Para que possamos contextualizar, é importante referir que ter síndrome de Asperger não é nada negativo. Apenas apresentam algumas caraterísticas que os distingue das outras pessoas, apresentando dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos.

Segundo  Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ONG Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde,  os autistas estão sempre a procurar adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”.  Nilton Vitulli explica também que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar, como se previsse os movimentos do guarda redes”.

A grande desvantagem dos autistas no mundo do desporto, segundo refere Vitulli, é que estes não são tão criativos, apenas repetem o que sabem fazer. Refere ainda que “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”.

Se repararmos neste fabuloso jogador fora de campo, podemos retirar ainda mais indícios que vem reforças esta suspeita. Messi apresenta dificuldades de comunicar, manifesta um desinteresse por eventos sociais, sente-se desconfortável nas entrevistas coçando a cabeça, movimentando desnecessariamente as mãos; não dá grande importância a momentos de fama, dinheiro, mulheres e noites.

Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), também não tem muitas dúvidas que Messi encaixa no perfil de autista, referindo “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos”. Fazendo a análise de uma jogada refere “ ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, desviou o olhar. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu caminho, no seu objetivo, foi lá e fez o golo”.

A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas na minha opinião, é fascinante. Sabemos que não é caso único, suspeita-se que figuras que marcaram a história mundial como Albert Einstein, Bill Gates , Vincent van Gogh, tinham caraterísticas de autistas.

REMATE DA SEMANA: "Não é que você seja diferente, mas é que ninguém consegue ser igual a você.” William Shakespeare

 

“Prever” o futuro é estar mais próximo de ganhar!


O futebol evoluiu de tal forma, que todos os pormenores podem ser determinantes no resultado de um jogo. No sentido de dar resposta ao conhecimento do jogo, qualquer equipa técnica de um clube minimamente organizado tem ao seu dispor um departamento de scouting. O scouting é a atividade que permite o estudo da equipa adversária, através de observação e análises da mesma. Poderá ser realizado com base num determinado jogo, ou num conjunto de jogos. Os departamentos de scouting de diversos clubes, são responsáveis também por realizar o estudo da sua própria equipa, dando informações aos seus treinadores no decorrer dos jogos, em direto, ou realizando análises de determinados jogos posteriormente à sua realização. Geralmente os profissionais responsáveis pelo scouting, utilizam métodos mistos, que se prendem com a utilização de fichas de observação conjugando-os com os meios audiovisuais e informáticos. O scouting, permitirá um estudo individual e coletivo da prestação de determinada equipa, em todas as fases do jogo.

Relativamente ao estudo do adversário, o departamento de scouting, irá fornecer a toda a equipa técnica, dados fundamentais para a preparação semanal dos treinos. Assim, com estes dados, relacionados com informações sobre os modelos de jogo, padrões de jogo, sistemas táticos, esquemas táticos, métodos de jogo, características individuais dos adversários, os técnicos deverão potenciar as características do seu próprio modelo de jogo, para que tirem o máximo partido das debilidades do adversário e anular ao máximo as mais-valias da equipa rival, estabelecendo assim um plano de jogo.

Torna-se fundamental que o observador saiba na sua plenitude as características do clube para o qual trabalha, para que durante a sua análise possa, rapidamente cruzar a informação relativa ao adversário, com a informação que dispõe, relativa à própria equipa, sugerindo estratégias de adaptação.

A vantagem do conhecimento do adversário, não se prende unicamente com o conhecimento estratégico-tático do mesmo, mas também com efeito emocional sobre a própria equipa. Quando a informação é passada para os jogadores, normalmente em palestras preparatórias, durante a semana de treino, poderá ter como efeito, um aumento na sensação de confiança e segurança por parte dos elementos do plantel. Para ter uma ideia sobre estes efeitos, imagine que vai para determinado local que desconhece na totalidade, a sensação que se pode perder, aumenta naturalmente pois desloca-se rumo a um local desconhecido. Mas quando se desloca do seu trabalho para casa, caminho que conhece tão bem que até lhe permite centrar-se em pormenores que vão para além do trajeto, a sensação que se vai perder é muito menor, tem total segurança no desempenho dessa tarefa. No jogo de futebol acontece um fenómeno semelhante, quando a equipa conhece o adversário e as suas características, a perceção dos jogadores, é que estão melhor preparados para enfrentar o adversário.

No meu ponto de vista, o trabalho do observador, não termina quando a equipa joga com o adversário estudado. Estes profissionais, deverão realizar uma análise do jogo onde as duas equipas se enfrentaram, no sentido de controlar se realmente o estudo foi bem sucedido, e se as estratégias usadas para vencer o adversário foram colocadas em prática com sucesso.

REMATES: “O nosso caminho não é desenhado por estrelas nem indicado por planetas, mas tão só pelas decisões que tomamos ou deixamos de tomar” Gwen-Hael Denigot

Mercado de Transferências...A janela que nunca mais fecha.


Durante a passada semana ouvimos nos meios de comunicação social, os treinadores do F.C. Porto, S. L. Benfica e S. C. Portugal,  desejarem que o dia 31 de agosto chegue rapidamente.  A razão é simples, esta é data que encerra o mercado de transferências de verão. Qualquer clube que esteja disposto a pagar as cláusulas de rescisão de determinado jogador, poderá vê-lo transferido, desde que essa seja a vontade do mesmo. Esta fase de transferências que coincide com as primeiras jornadas do campeonato nacional, deixa os treinadores com alguma angústia, pela probabilidade de perder os seus principais jogadores e pela consequente instabilidade que isso pode criar.

Compreende-se que as equipas técnicas preparam a equipa durante a pré-época, para que no início do campeonato, sejam operacionalizam as suas estratégias, consolidando-as nas primeiras jornadas do campeonato. A instabilidade poderá aparecer por duas razões, ou pelo jogador que perde rendimento pela incerteza de não saber onde vai exercer a sua atividade profissional, ou pelo grupo de trabalho (estrutura técnica, diretiva e plantel) sentir que poderá perder determinado jogador, com elevada influência na dinâmica da equipa.

Segundo o diretor executivo da Associação Europeia de Ligas profissionais Emanuel Medeiros, “importa ter em conta o que dispõe a regulamentação da FIFA, que, no fundo, funciona como base de orientação para que, a nível nacional, as várias Ligas estabeleçam os períodos de transferência que consideram mais adequados à sua realidade desportiva". Apesar disso, a UEFA acaba por controlar as datas de fecho através da inscrição de jogadores para as suas competições, como acontece com a Liga dos Campeões e a Liga Europa.

Acrescento ainda que existem ligas em que os períodos de transferência se prolongam, como é o caso da Liga Francesa e a Liga Russa, estas com algum poder financeiro que faz perlongar também o risco de perda de jogadores depois do dia 31 de agosto.

Se por um lado verifica-se esta angústia pela hipótese dos clubes perderem jogadores, por outro lado, obriga-os ter uma estratégia bem definida, que minimize a saída dos seus ativos. Apesar de perceber este sentimento que assombra os treinadores portugueses, relembro que estas perdas poderão acontecer naturalmente em algumas situações, aos quais passo a citar:

a)      A infeliz possibilidade de um jogado se lesionar.

b)      Os castigos disciplinares que os jogadores estão sujeitos.

c)       O período de transferências de inverno que decorre no mês de janeiro

Tendo tudo isto em conta, verificamos que durante toda a época os clubes devem estar preparados para perder ou ganhar jogadores, apesar de perceber e respeitar o clima de incerteza que o mercado de transferências provoca, não vejo isso como um drama. Os melhores clubes devem ter plano B, C, D, …

REMATE DA SEMANA: “Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos planos”. Gerhard Erich Boehme

No treino começa o jogo!


Parece-me consensual que para uma equipa ter sucesso nos confrontos com os seus adversários, é fundamental que esteja bem preparada, sendo que para isso haja rendimento nas unidades de treino. Consideramos que o treino é o principal meio para aumentar o rendimento da equipa no jogo.

É o treino que vai dar a conhecer os comportamentos que a equipa deve ter nos diferentes momentos da competição. O treino vai fazer com que a personalidade da equipa seja cada vez mais forte, proporcionando um aumento da identificação com sua forma de jogar.

O treino não deverá ser encarado como um fim, mas como um meio para atingir um determinado objetivo definido pela estrutura do clube. Depois de um diagnóstico das potencialidades individuais e coletivos da equipa, surgem uma serie de processos relacionados com a planificação, integrando fatores como o modelo de jogo a adotar, as carências a colmatar, as capacidades a potenciar e as características da competição com que a equipa se vai deparar. Neste sentido, o treinador deverá preparar a sua prescrição, identificando quais as componentes ativas dos exercícios que vão levar a atingir os objetivos definidos. Estes objetivos, deverão estar em permanente ajuste, à medida que a equipa evolui, tendo o treinador a obrigação de fazer aumentar a complexidade e exigência do treino, de uma forma proporcional ao percurso evolutivo da equipa.

Durante a competição o treino apresenta algumas componentes ativas condicionadas pelo conhecimento do adversário a defrontar. Equipas de alto nível integram nas suas equipas técnicas recursos humanos responsáveis para analisar os adversários. Essa análise dotará treinadores e jogadores com conhecimentos importantes, prevendo situações que ocorrerão no jogo, preparando-os para dar resposta aos desafios impostos. No meu ponto de vista, o treino deverá ser contextualizado, recriando o mais aproximadamente possível, essas situações que decorrem no jogo. O ideal será chegar mesmo ao limite de recriar contextos que representem os problemas impostos pelo adversário, aproveitando ao máximo o trabalho realizado pelos técnicos de scouting. Quando o anteriormente referido acontece, iremos atingir um nível de especificidade, que permitirá aos jogadores transferir para a competição, os conteúdos abordados, levando a equipa a atingir o máximo rendimento. José Mourinho deixa esta ideia bem clara quando refere “Eu faço um estudo detalhado do adversário para ajudar os jogadores. Para mim é imprescindível saber como o treinador adversário reage, o tipo de substituições que faz, os comportamentos padrão da equipa adversária… nós analisamos o adversário, procuramos prever como se pode comportar contra nós e procuramos posicionar-nos nalgumas zonas mais importantes do campo em função dos seus pontos fortes e fracos. Mas isto são detalhes posicionais. Não mexem com os nossos princípios, nem sequer com o nosso sistema.” O treinador português demonstra ainda que este tipo de estudo do adversário apresenta um transfere importante para o treino, quando refere “…logo no início da semana comecei nos treinos a ensaiar as jogadas adversárias e a nossa forma de as anular”.

Mesmo em treino, a competição deverá estar maioritariamente presente, pois além de ser um meio de motivação dos jogadores para desempenhar as tarefas propostas, é uma forma de fazer emergir o conjunto de sentimentos e emoções presentes no jogo.

Assim, na minha opinião, deixa de fazer sentido exercícios descontextualizados como correr na praia, pois o transfere que se faz para o jogo é muito reduzido, para não dizer nenhum!

 
REMATES:  Se você quer os certos, esteja preparado para os erros" Carl Yastrzemski