segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mercado de Transferências...A janela que nunca mais fecha.


Durante a passada semana ouvimos nos meios de comunicação social, os treinadores do F.C. Porto, S. L. Benfica e S. C. Portugal,  desejarem que o dia 31 de agosto chegue rapidamente.  A razão é simples, esta é data que encerra o mercado de transferências de verão. Qualquer clube que esteja disposto a pagar as cláusulas de rescisão de determinado jogador, poderá vê-lo transferido, desde que essa seja a vontade do mesmo. Esta fase de transferências que coincide com as primeiras jornadas do campeonato nacional, deixa os treinadores com alguma angústia, pela probabilidade de perder os seus principais jogadores e pela consequente instabilidade que isso pode criar.

Compreende-se que as equipas técnicas preparam a equipa durante a pré-época, para que no início do campeonato, sejam operacionalizam as suas estratégias, consolidando-as nas primeiras jornadas do campeonato. A instabilidade poderá aparecer por duas razões, ou pelo jogador que perde rendimento pela incerteza de não saber onde vai exercer a sua atividade profissional, ou pelo grupo de trabalho (estrutura técnica, diretiva e plantel) sentir que poderá perder determinado jogador, com elevada influência na dinâmica da equipa.

Segundo o diretor executivo da Associação Europeia de Ligas profissionais Emanuel Medeiros, “importa ter em conta o que dispõe a regulamentação da FIFA, que, no fundo, funciona como base de orientação para que, a nível nacional, as várias Ligas estabeleçam os períodos de transferência que consideram mais adequados à sua realidade desportiva". Apesar disso, a UEFA acaba por controlar as datas de fecho através da inscrição de jogadores para as suas competições, como acontece com a Liga dos Campeões e a Liga Europa.

Acrescento ainda que existem ligas em que os períodos de transferência se prolongam, como é o caso da Liga Francesa e a Liga Russa, estas com algum poder financeiro que faz perlongar também o risco de perda de jogadores depois do dia 31 de agosto.

Se por um lado verifica-se esta angústia pela hipótese dos clubes perderem jogadores, por outro lado, obriga-os ter uma estratégia bem definida, que minimize a saída dos seus ativos. Apesar de perceber este sentimento que assombra os treinadores portugueses, relembro que estas perdas poderão acontecer naturalmente em algumas situações, aos quais passo a citar:

a)      A infeliz possibilidade de um jogado se lesionar.

b)      Os castigos disciplinares que os jogadores estão sujeitos.

c)       O período de transferências de inverno que decorre no mês de janeiro

Tendo tudo isto em conta, verificamos que durante toda a época os clubes devem estar preparados para perder ou ganhar jogadores, apesar de perceber e respeitar o clima de incerteza que o mercado de transferências provoca, não vejo isso como um drama. Os melhores clubes devem ter plano B, C, D, …

REMATE DA SEMANA: “Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos planos”. Gerhard Erich Boehme

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