terça-feira, 14 de maio de 2013

Nem sempre quem procura defender mais evita os golos!


Esta semana tivemos um emocionante clássico entre F.C. Porto e S.L. Benfica. Para além de ser uma partida rodeada da habitual expetativa, teve uma carga acrescida pois, o seu resultado poderia ter decidido o vencedor do campeonato. Apesar das poucas situações de golo, muito devido ao equilíbrio defensivo que a equipa de Jorge Jesus tentou colocar no jogo, considero que foi um jogo rico em inteligência tática por parte de ambas as equipas, que se foram anulando ao longo dos diferentes momentos da partida. Na minha opinião, Jorge Jesus balizou o objetivo da partida pelos mínimos, o empate, e não pelos máximos! Uma equipa que quer ser campeã deveria ter apresentado uma outra estratégia de afirmação competitiva. A estratégia quase que resultava, como resulta em muitos jogos, mas quando se leva aos limites as precauções, como foi o caso, o feitiço poderá virar-se contra o feiticeiro. Apesar da maior percentagem de posse de bola para a equipa do Porto, o jogo até estava equilibrado, tão equilibrado que os primeiros golos provieram de situações de ressaltos. Até aqui, a sorte também esteve em igual proporção para as duas equipas.

Ponto crítico do jogo foi quando Jorge Jesus exagerou nas precauções, como referi anteriormente, reforçando o meio campo defensivo. Ao invés, Vítor Pereira reforçou o setor ofensivo. Este período em que jogadores entram, tendo que se adaptar ao jogo, poderá ser considerado um momento crítico no jogo, onde os desequilíbrios podem surgir devido ao tempo habitual de adaptação. Não são só os jogadores que entram têm de se adaptar, mas também os jogadores que até ao momento tinham as suas funções definidas e “automatizadas”, terão que se adaptar. Ou seja, toda a equipa terá que se adaptar, ou por situações estratégicas sugeridas pelo treinador, ou pelas caraterísticas dos jogadores que entram, ou até por ambas! Para evidenciar o que refiro, basta centrarmo-nos nas substituições que foram feitas na equipa do Benfica, nomeadamente a entrada de Roderick Miranda para o lugar de Gaitan, no sentido de aumentar a consistência defensiva, blindando o corredor central. Também se verificou a entrada de Aimar para o lugar de Ola John, presumo eu, para tentar garantir mais posse de bola. Na verdade, estas duas substituições mudaram claramente a dinâmica de jogo do Benfica. Até considero que tenha subido um pouco as linhas de pressão, mas ficou mais vulnerável pelas alterações de funções de grande parte dos jogadores, colocando em causa a dinâmica da equipa, nomeadamente nos momentos de transição defensiva. Evidência disso mesmo é o lance do 2º golo do Porto que passo a esmiuçar, através das seguintes imagens:




 
 
Considerações finais:
1-      Claro que se a estratégia do Benfica tivesse dado certo, com certeza que não estaríamos a pôr em causa as decisões de Jorge Jesus.
2-      O campeonato ainda não está decidido! Felizmente iremos ter campeonato até à última jornada.
3-      Não considero que o deslise do Benfica tenha sido contra o Porto, mas sim contra o Estoril.
4-      Apesar de ser simpatizante do F.C. Porto, considero que tendo em conta a época que o Benfica está a fazer, e a qualidade que tem demonstrado, não vejo injustiça nenhuma em que seja campeão. Por outro lado, considero que a justiça no desporto é relativa!
5-      Lamento as declarações do jogador Kelvin, quando afirma o seu desejo que o Chelsea vença na próxima quarta-feira. Apesar de não ser português, deverá respeitar o país que lhe dá oportunidade de desenvolver a sua atividade profissional. Um jovem com uma grande margem de progressão enquanto jogador, mas também enquanto homem.
6-      Qualquer das equipas que seja campeã, desejo que todos os agentes saibam perder ou ganhar com elevação, e fundamentalmente com educação!
 

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