terça-feira, 21 de setembro de 2010

Choque de gerações


Ouvem-se muitas vezes discussões sobre quais são os melhores treinadores: Ex. Jogadores? Ou Académicos?
A ideia de que no futebol já está tudo inventado parece-me uma forma preguiçosa de acompanhar a progresso dos acontecimentos. Com a evolução tecnológica, aumenta o número de estudos sobre a actividade desportiva, o que provoca novas formas de encarar a metodologia de treino. Parece-me importante que todos estejamos atentos a esta evolução, para que tenhamos instrumentos actualizados, que nos permitam tirar o máximo rendimento da nossa actividade profissional. Ficar parado no tempo é uma forma de ficar descontextualizado e viver num cenário que já não existe. Seja um ex. jogador ou um licenciado é importante que se actualize e acompanhe a evolução do estudo do jogo, pois o que hoje é uma verdade absoluta, amanhã estará completamente desactualizada. Neste sentido, é difícil compreender como existem colegas a realizarem treinos semelhantes aos que vivenciaram enquanto jogadores. Assim como, treinadores da nova vaga, que pensam o treino tal e qual pensavam quando saíram das suas Faculdades. De facto, as vivências/experiência e a formação/informação são componentes fundamentais para encontrar o caminho rumo ao sucesso.
O conhecimento empírico (conhecimento de experiência feita), leva-nos a criar sensibilidade para os fenómenos relacionados com o treino e com a competição. A organização do treino alicerçada numa base científica também é importante para que os efeitos do treino e do jogo sejam minimamente controlados. Penso, que o conhecimento empírico, predominantemente associado ao ex. jogador e o conhecimento científico, predominantemente associado ao licenciado, são ambos, condimentos importantíssimos para cozinhar o rendimento. Na minha opinião, a conjugação dos dois treinadores numa equipa técnica, envolvidos num clima de respeito, compreensão e cumplicidade será muito proveitosa, pois além da riqueza ao nível do trabalho com a equipa, proporciona momentos de aprendizagem para ambos os técnicos. Pena que muitas vezes isto não aconteça, técnicos com diferentes formações perdem muito tempo a discutir qual o mais competente, em vez de ganhar tempo a trocar experiências e conhecimentos.
Ter sido bom jogador, não pressupõe necessariamente que seja um bom treinador, assim como, ser académico com uma boa nota de final de curso, seja sinónimo de ser um bom profissional ao nível do treino. Ninguém nos garante que o melhor jogador do mundo seja um dia mais tarde um bom treinador, nem que um bom professor universitário consiga operacionalizar os seus conhecimentos, levando uma equipa a ter bons resultados desportivos.
O passado não chega para garantir o futuro!
REMATES:
- Casa do Benfica de Penamacor em imbróglio com a Federação Portuguesa de Futebol, onde um pedido de esclarecimento tornou-se uma comunicação oficial. Esperemos que o Poder das instituições, não seja um factor determinante para a deliberação final, por parte do Conselho de Disciplina da FPF.
- Do distrito de Castelo Branco só sobrou o Sertanense para disputar a Taça de Portugal. Desejamos que chegue longe nesta competição.
- Quebrou-se o enguiço no Louriçal e finalmente a ADF ganhou em casa do Instituto D. João V. Que continue com esta dinâmica de vitória.
“Compreender as entrelinhas do discurso de alguém é o caminho para as conhecer!

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