Depois do envio do post anterior ao jornalista Bruno Prata, tivemos o orgulho de receber uma resposta, o que sem dúvida revela um enorme profissionalismo e amabilidade deste jornalista. Queremos desde já agradecer publicamente toda a sua atenção.
"Caro João Sá Pinto,
Agradeço, desde já, a frontalidade do seu e-mail.
Não vou procurar rebater nada do que você defende, até porque estou inteiramente de acordo com o que diz.
Obviamente, o perfil antropométrico não pode ser a única variável utilizada quando se analisa a qualidade de um jogador. Nem era isso que se pretendia no meu artigo. Mais do que dizer que os jogadores baixos é que são bons, tentei sim explicar que os jogadores de estatura baixa ou mediana também podem ter qualidade e até vantagens nalguns aspectos – daí as referências ao baixo centro de gravidade, às acelerações e às travagens... E, se ler com atenção o artigo (que não pretendia ser um “tratado” sobre o assunto, antes uma crónica ligeira sobre temas diversos), verificará que são também feitas algumas referências à personalidade, influência e dinâmica tanto de Simão Sabrosa como do Miccoli: “Simão está sempre a pedir a bola, assume sempre as responsabilidades e é mais vertical e objectivo no seu jogo (mas cada vez mais forte nos duelos individuais). Miccoli é mais ocioso como todos os verdadeiros génios (do bem e do mal, como quando não quis saber do black out e foi à sala de imprensa dizer que Fernando Santos estava enganado acerca do seu peso), passa longos períodos sem se ver, para logo sacar da cartola uma jogada ou um pontapé decisivo”.
Também há jogadores altos com qualidade indiscutível – defende você na sua crítica ao meu artigo. Claro que há e em nenhum momento pretendi que se ficasse com a ideia de que “quanto mais baixo melhor”. De resto, à pequena lista que elaborou, até arriscaria, por exemplo, acrescentar o nome do português Cristiano Ronaldo, que mede 1,87m de altura e é já um dos melhores jogadores do mundo. Ou o tão discutido inglês Peter Crouch (2,01m), um dos casos mais evidentes de que a estatura elevada também pode ser rentabilizada. Mas entendo que nada disso contraria o que escrevi.
Grato pela sua atenção,
Um abraço
Bruno Prata
PS. Deixo ao seu critério a possibilidade de incluir a minha resposta no blogue “treino&ciência”. Mais do que isso, se estiver interessado em escrever um artigo sobre este tema, posso tratar de ver se é possível (sem qualquer compromisso) a sua publicação no PÚBLICO, na edição impressa ou no on-line."
"Caro João Sá Pinto,
Agradeço, desde já, a frontalidade do seu e-mail.
Não vou procurar rebater nada do que você defende, até porque estou inteiramente de acordo com o que diz.
Obviamente, o perfil antropométrico não pode ser a única variável utilizada quando se analisa a qualidade de um jogador. Nem era isso que se pretendia no meu artigo. Mais do que dizer que os jogadores baixos é que são bons, tentei sim explicar que os jogadores de estatura baixa ou mediana também podem ter qualidade e até vantagens nalguns aspectos – daí as referências ao baixo centro de gravidade, às acelerações e às travagens... E, se ler com atenção o artigo (que não pretendia ser um “tratado” sobre o assunto, antes uma crónica ligeira sobre temas diversos), verificará que são também feitas algumas referências à personalidade, influência e dinâmica tanto de Simão Sabrosa como do Miccoli: “Simão está sempre a pedir a bola, assume sempre as responsabilidades e é mais vertical e objectivo no seu jogo (mas cada vez mais forte nos duelos individuais). Miccoli é mais ocioso como todos os verdadeiros génios (do bem e do mal, como quando não quis saber do black out e foi à sala de imprensa dizer que Fernando Santos estava enganado acerca do seu peso), passa longos períodos sem se ver, para logo sacar da cartola uma jogada ou um pontapé decisivo”.
Também há jogadores altos com qualidade indiscutível – defende você na sua crítica ao meu artigo. Claro que há e em nenhum momento pretendi que se ficasse com a ideia de que “quanto mais baixo melhor”. De resto, à pequena lista que elaborou, até arriscaria, por exemplo, acrescentar o nome do português Cristiano Ronaldo, que mede 1,87m de altura e é já um dos melhores jogadores do mundo. Ou o tão discutido inglês Peter Crouch (2,01m), um dos casos mais evidentes de que a estatura elevada também pode ser rentabilizada. Mas entendo que nada disso contraria o que escrevi.
Grato pela sua atenção,
Um abraço
Bruno Prata
PS. Deixo ao seu critério a possibilidade de incluir a minha resposta no blogue “treino&ciência”. Mais do que isso, se estiver interessado em escrever um artigo sobre este tema, posso tratar de ver se é possível (sem qualquer compromisso) a sua publicação no PÚBLICO, na edição impressa ou no on-line."
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