Durante a
passada semana ouvimos nos meios de comunicação social, os treinadores do F.C.
Porto, S. L. Benfica e S. C. Portugal,
desejarem que o dia 31 de agosto chegue rapidamente. A razão é simples, esta é data que encerra o
mercado de transferências de verão. Qualquer clube que esteja disposto a pagar
as cláusulas de rescisão de determinado jogador, poderá vê-lo transferido,
desde que essa seja a vontade do mesmo. Esta fase de transferências que
coincide com as primeiras jornadas do campeonato nacional, deixa os treinadores
com alguma angústia, pela probabilidade de perder os seus principais jogadores
e pela consequente instabilidade que isso pode criar.
Compreende-se
que as equipas técnicas preparam a equipa durante a pré-época, para que no
início do campeonato, sejam operacionalizam as suas estratégias,
consolidando-as nas primeiras jornadas do campeonato. A instabilidade poderá
aparecer por duas razões, ou pelo jogador que perde rendimento pela incerteza
de não saber onde vai exercer a sua atividade profissional, ou pelo grupo de
trabalho (estrutura técnica, diretiva e plantel) sentir que poderá perder
determinado jogador, com elevada influência na dinâmica da equipa.
Segundo o
diretor executivo da Associação Europeia de Ligas profissionais Emanuel
Medeiros, “importa ter em conta o que
dispõe a regulamentação da FIFA, que, no fundo, funciona como base de
orientação para que, a nível nacional, as várias Ligas estabeleçam os períodos
de transferência que consideram mais adequados à sua realidade desportiva".
Apesar disso, a UEFA acaba por controlar as datas de fecho através da
inscrição de jogadores para as suas competições, como acontece com a Liga dos
Campeões e a Liga Europa.
Acrescento ainda
que existem ligas em que os períodos de transferência se prolongam, como é o
caso da Liga Francesa e a Liga Russa, estas com algum poder financeiro que faz
perlongar também o risco de perda de jogadores depois do dia 31 de agosto.
Se por um lado
verifica-se esta angústia pela hipótese dos clubes perderem jogadores, por
outro lado, obriga-os ter uma estratégia bem definida, que minimize a saída dos
seus ativos. Apesar de perceber este sentimento que assombra os treinadores
portugueses, relembro que estas perdas poderão acontecer naturalmente em
algumas situações, aos quais passo a citar:
a)
A infeliz possibilidade de um jogado se
lesionar.
b)
Os castigos disciplinares que os jogadores estão
sujeitos.
c)
O período de transferências de inverno que
decorre no mês de janeiro
Tendo tudo isto
em conta, verificamos que durante toda a época os clubes devem estar preparados
para perder ou ganhar jogadores, apesar de perceber e respeitar o clima de
incerteza que o mercado de transferências provoca, não vejo isso como um drama.
Os melhores clubes devem ter plano B, C, D, …
REMATE DA
SEMANA: “Quando você tem uma meta, o que
era um obstáculo passa a ser uma etapa de um dos planos”. Gerhard Erich
Boehme
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