terça-feira, 30 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
O Fundamento das Academias de Futebol
As Academias de Futebol, hoje em
dia, fazem parte das estruturas dos maiores clubes de futebol mundial. Todos os
agentes desportivos compreendem que o investimento neste tipo de estrutura,
poderá trazer ganhos significativos para um clube, evitando o gasto na
contratação de jogadores e aumentando a possibilidade de um encaixe financeiro,
através da venda de ativos formados no clube.
Mas como refere Pedro Mil-Homens,
uma Academia de Futebol, “…é uma escola
dentro do clube”. Se é uma escola, não poderá ser o futebol o único pilar
de intervenção. Neste sentido, depreendemos que existe uma grande
responsabilidade dos agentes que integram uma academia. O sonho dos jovens que
ingressam numa academia será sempre chegar à equipa principal! Mas como é óbvio,
será impossível que haja espaço para todos. Por esse motivo, o futuro daqueles
que nunca chegarão ao plantel principal não poderá ser hipotecado. Lee Kershaw,
diretor da academia do Manchester United refere que “…muitos do jovens que passam pela nossa escola nunca irão jogar no
Manchester United. A grande parte deles não irá, de certeza. Não tenho números
certos, mas provavelmente só 10 a 15 por cento dos nossos miúdos chegam ao
plantel do Manchester. Por isso temos de os obrigar a seguirem os estudos,
porque o mais importante é que tenham sucesso na vida.”
Para que haja um espírito de
academia, com todas a vertentes formativas bem definidas e com uma coerente
política de intervenção, o mais importante não será única e exclusivamente o
espaço “físico” de trabalho. Como refere Pedro Luz, secretário técnico da
formação do SCP, “a importância do espaço
(Academia) em si é relativa, na minha opinião. O que eu penso é que o conjunto
do espaço, das pessoas que cá estão dentro, da competência de cada uma delas,
daquilo que é feito ao nível do recrutamento inicial, selecionando os melhores
dos melhores, esse conjunto de fatores sim, torna importante este projeto, dá
importância a este projeto.”
O que gostaria de reforçar com isto,
é que a Infraestrutura academia tem a importância que tem! Fundamental é
existir uma estruturação da formação, no sentido de proporcionar uma formação
consolidada e direcionada, para os objetivos definidos para o futuro jogador
profissional, ou simplesmente para o futuro cidadão que passou pela academia.
Ao nível desportivo, segundo
Stratton (2004) “…o currículo padrão de
uma academia poderá ter algumas variantes consoante os objetivos, valores,
aspirações e finanças de cada clube.” A figura 1 apresenta um exemplo de
currículo padrão de uma academia.
NOTA: este artigo foi escrito,
tendo como base um trabalho de monografia de Moita, M. (2008), intitulado: Um percurso de sucesso na formação de
jogadores em Futebol. Estudo realizado no Sporting Clube de Portugal – Academia
Sporting/Puma. Penso que este, poderá ser um documento orientador
importante, para todos os agentes responsáveis pela organização de
departamentos de formação dos clubes desportivos.
REMATE DA SEMANA: “Desporto e pedagogia, se os juntassem como
irmãos, esse conjunto daria verdadeiros cidadãos! Assim, sem darem as mãos, o
que um faz, o outro atrofia.” António Aleixo
Artigo publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 9.10.2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
O grande brinquedo que a Sociedade roubou à Criança… a Rua
Quantos de nós não nos lembramos do
tempo que passava-mos na rua. De entre muitas brincadeiras que nos ajudaram a
crescer e desenvolver as nossas capacidades, o futebol e o berlinde eram as
atividades que mais agradava os moços, o elástico e a macaca, as moças.
Com a evolução dos hábitos e costumes
as crianças começaram a ser empurradas para dentro de casa. O aumento da
criminalidade, a ausência de espaços exteriores de lazer, o desenvolvimento dos
brinquedos tecnológicos e a falta de tempo dos encarregados de educação,
condicionam as brincadeiras em total liberdade espácio-temporal. Mas não só! Sobretudo
o zelo exagerado que desencadeia um sentimento de protecionismo desmedido e o
excesso de atividades ditas organizadas ou institucionalizadas, impedem que a
criança tenha tempo para se exprimir em total liberdade. Como refere o
investigador Alberto Nídio Silva, hoje há “…
uma espécie de regresso às cavernas, as crianças fecham-se num refúgio de luxo
conectado com o mundo - o virtual em vez do real, o site em vez do sítio. É
certo que elas continuam num mundo lúdico de encanto, mas fazem-no sem irmãos,
nem vizinhos, nem amigos informais”, explica o especialista em sociologia
infantil.
Outrora, a rua era um local privilegiado
de aprendizagem. Neste espaço a criança podia brincar livremente, sem qualquer
tipo de supervisão. Brincar a “céu aberto”, promovia o desenvolvimento do saber
estar em liberdade, da autonomia, da criatividade, da capacidade de adaptação
ao inesperado, da responsabilidade de estar por sua conta, da capacidade de
partilha, do desenvolvimento da capacidade relacional, um gasto energético que
reduzia o aparecimento da obesidade infantil, etc. Segundo o investigador Carlos
Neto, hoje, “o único sitio que resta para
brincar em liberdade é o recreio da escola”. Desculpem-me a expressão,
mesmo assim o recreio da escola não o considero total liberdade, mas sim “liberdade condicional”.
Sinto saudades de sentir o barulho do
espírito infantil, desencadeado pelo último toque da campainha, no final do dia
de escola. Jogos como as escondidas, saltar à corda, saltar ao elástico, jogar
à bola, jogar ao berlinde… Tudo tende a acabar! E muito se perderá com isso.
Muitos estudos estão a surgir no
sentido de contrariar a tendência de empurrar as crianças para as brincadeiras
estáticas e individuais. Nas cidades mais evoluídas, estão a ser formadas
equipas multidisciplinares, para que sejam tomadas medidas de promoção da
brincadeira pelo jogo livre. Segundo Carlos Neto, a“…transformação dos espaços urbanos têm vindo a colocar o problema da
conceção e implementação de áreas especiais no ambiente construído, ambientes
projetados nos quais a criança tenha ocasião de explorar, crescer, adaptar-se e
construir-se pessoal e socialmente através do jogo. Um espaço de jogo é mais
que um espaço físico.” Esperamos que pegue moda e que chegue a todo lado!
As crianças precisam de brincar livremente para crescer. Felizmente cá no
interior, as crianças ainda podem disfrutar de espaços que permitem brincadeiras
ao ar livre, de forma segura e equilibrada!
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Sá Pinto poderá ter sido um treinador prematuro!
Todos nós sabemos que Ricardo Sá
Pinto foi dos jogadores mais queridos pela massa associativa do Sporting Clube
de Portugal, tanto pela sua dedicação ao clube, como pela sua postura dentro de
campo, que lhe atribuiu o apelido de “Ricardo Coração de Leão”.
Como jogador, a sua carreira
profissional iniciou-se no Sport Comércio e Salgueiros, tendo sido transferido
para o Sporting em 1994. Passou depois pelo Real Sociedade (de 1997 a 1999),
tendo posteriormente voltado ao Sporting. Sá Pinto teve também a oportunidade
de representar a Seleção Nacional.
Para que veja a relação próxima
de Ricardo Sá Pinto com a massa associativa, quando mais tarde se transferiu
para o Standard de Liége, utilizou a camisola 76, em homenagem à claque
leonina, que foi fundada em 1976. Em sinal de reciprocidade a Juventude Leonina
também ostenta em todos os jogos uma tarja em honra do "Grande Capitão”.
Depois de ter passado pela função de diretor desportivo (2009/2010) que
abandona devido ao mediático caso com Liedson, onde se envolveu em agressões
física e verbais, decidiu enveredar pela carreira de treinador,
iniciando-se como adjunto do União de
Leiria. Passado um ano, a convite da nova direção do Sporting, assume-se como
treinador da equipa de juniores. A 13 de fevereiro de 2012, após despedimento
de Domingos Paciência, torna-se treinador da equipa profissional do seu clube
do coração.
Assim sendo, a carreira de Ricardo Sá Pinto ainda nem sequer completou 3
anos. Torna-se treinador de um grande, sem nunca ter assumido a liderança de um
outro clube de menor dimensão, o que é no mínimo estranho! A que isto se deve? Não
se sabe bem, mas que se torna prematuro, sem dúvida que sim!
Se comparar-mos com as carreiras dos seus adversários, constatamos o
seguinte:
- Vítor Pereira – Como treinador de formação: iniciados do
Padroense e F.C. Porto; Como treinador adjunto:
Gondomar, Arrifanense, Esmoriz e F.C. Porto. Como treinador principal:
Sanjoanense, Sporting de Espinho, Santa Clara e Por fim F.C. Porto. Conclusão
mais de 10 anos até chegar a técnico principal de um grande português.
- Jorge Jesus – Apenas como
treinador principal: Amora, Felgueiras, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal,
Guimarães, Moreirense, União de Leiria, Belenenses, Braga e finalmente o
Benfica. Conclusão, iniciou a sua carreira de treinador em 1989 e chegou ao
S.L. Benfica em 2009. 20 anos até chegar a técnico de um grande português.
José Mourinho em determinada altura, quando fez uma análise justificativa
da sua carreira de sucesso explicou: “as etapas sucederam-se de forma sustentada e
progressiva, nada foi abrupto.” Relembro que o melhor do mundo, apresenta
uma fase preparatória muito importante, nomeadamente como adjunto de grandes
treinadores como Van Gaal e Bobby Robson. Esteve também como técnico principal
de clubes de menor dimensão, até chegar ao F. C. Porto, onde o sucesso obtido
abriu-lhe as portas para uma carreira de sucesso pelas grandes ligas europeias.
Melhor exemplo de carreira progressiva e sustentada não pode haver.
Só me almeja especular
questionando, será que o n.º 76 de Juventude Leonina teve alguma culpa no
cartório?
Tendo em conta os exemplos
mencionados, e a noção que é necessário tempo para amadurecer, a forma como
Ricardo Sá Pinto chegou a técnico principal do Sporting, merece uma análise em
duas perspetivas: 1 - Uma clara coragem e vontade de ajudar o seu clube do
coração, apanhando aquele comboio que só passa uma vez, como se costuma dizer
na gíria do futebol! 2- Alguma irresponsabilidade de quem decide, atirando um
técnico que ainda não possui uma carreira consolidada, diretamente para o meio
dos leões! Bem ou mal, o tempo e os resultados nos irão dizer. Vamos ver quanto
tempo vai aguentar a corda bamba!
Artigo publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 25.09.2012
A Incoerência dos Castigos! Luisão, Hulk e afins!
No dia 14 do presente mês, em comunicado no site da Federação Portuguesa de
Futebol, tivemos a oportunidade de ler mais uma deliberação da Secção não
profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Este
órgão considerou “…procedente a acusação
deduzida contra o jogador arguido, Anderson Luís da Silva e, em consequência,
aplicou-lhe a sanção de suspensão por dois meses e, acessoriamente, a sanção de
multa de 25 UC (2.550,00 €), pela prática da infração prevista e punida pelo
artigo 145º, nº 1, alínea b), do Regulamento Disciplinar das Competições
Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.”
Vejamos então o conteúdo do artigo 145º, n.1, alínea b):
“Agressões
1. São punidas nos termos das alíneas seguintes as agressões praticadas pelos jogadores contra os membros dos órgãos da estrutura desportiva, elementos da equipa de arbitragem, observadores, delegados da Liga, dirigentes ou delegados ao jogo de outros clubes, agentes de segurança pública, e treinadores:
a. No caso de agressão que determine lesão de especial gravidade, com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de três meses e o máximo de três anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 250 UC;
b. Noutros casos de agressão, com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de dois meses e o máximo de dois anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 125 UC.”
1. São punidas nos termos das alíneas seguintes as agressões praticadas pelos jogadores contra os membros dos órgãos da estrutura desportiva, elementos da equipa de arbitragem, observadores, delegados da Liga, dirigentes ou delegados ao jogo de outros clubes, agentes de segurança pública, e treinadores:
a. No caso de agressão que determine lesão de especial gravidade, com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de três meses e o máximo de três anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 250 UC;
b. Noutros casos de agressão, com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de dois meses e o máximo de dois anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 125 UC.”
Além disto o órgão da Federação de Portuguesa de
Futebol informou: “Tal como expressamente
solicitado pela FIFA, esta decisão vai ser remetida para o organismo que tutela
o Futebol Mundial.”
Preferência clubística à parte, pois considero que
esse tipo de manifestações é desajustado a espaço de opinião, causa-me alguma admiração,
a forma como se tomam decisões nestes órgãos de tão nobre poderio institucional!
Descrição de alguns casos na Liga Portuguesa:
- Luizão, agressão a um elemento da equipa de
arbitragem: 2 meses de suspensão, 2.550 euros de multa;
- Hulk, agressão a um elemento de segurança privada: o
Conselho Disciplinar da Liga
atribuiu 4 meses de castigo. Depois de ter falhado 14 jogos, o Conselho de
Justiça da Federação decidiu reduzir os castigos para três jogos
e uma multa associada de 2500 euros. Analisando as implicações destas duas
decisões, verificou-se que o avançado, na altura do F.C. Porto, ficou inibido
de competir injustamente em oito encontros da Liga Portuguesa, dois da Taça de
Portugal e quatro da Taça da Liga.
- Sapunarú, o Conselho Disciplinar da Liga atribuiu 6 meses
de castigo. Depois de ter falhado 14 jogos, o Conselho de Justiça da Federação
decidiu reduzir os castigos para quatro
jogos e uma multa associada de 4500 euros. Mais um jogador que ficou
injustamente sem competir, uma quantidade significativa de jogos!
Será que estes órgãos de decisão, beneficiam
a modalidade quando tomam decisões de extremo a extremo? De 4 meses de
suspensão para três jogos, ou de 6 meses para quatro jogos? Não será uma
discrepância grande demais? Alguém errou na atribuição do castigo? Que
penalização teve? Não serão factos que alimentam polémicas desnecessárias?
E toda esta estranheza vai continuar a
pairar dentro dos adeptos da modalidade! Cada caso é um caso, mas permitam-me a
comparação por exemplo do caso do Hulk (castigo inicial - 4 meses), com o caso
do Luisão (castigo inicial - 2 meses):
Análise
da agressão em relação à vítima: Será que uma agressão a um membro da
segurança privada (ou assistente de estádio) é mais grave que uma agressão a um
elemento da equipa de arbitragem? Para mim, qualquer tipo de agressão a um ser
humano é grave! Portanto, no mínimo o castigo deveria ser igual! Caso
contrário, fica subentendida uma desvalorização do papel da equipa de
arbitragem no jogo, pois desvalorizou-se o castigo relativo à agressão a um
árbitro.
Análise
da agressão em relação fonte de informação: As imagens de uma câmara de
vigilância são mais fidedignas, que as nítidas imagens de um órgão de
comunicação social? No mínimo a mesma importância! Digo eu!
E todos estes casos, do … agora decide
Secção não
profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, mais
tarde decide o Conselho Disciplinar
da Liga, depois vem o Conselho de Justiça da Federação e diz que não é assim,
mais tarde, vem a FIFA e mexe o tacho já remexido! Tanto tacho e tanta panela
que me obriga a citar o ditado, “Panelas que muito se mexe, ou sai ensosso ou sai salgado!”
Sinto que esta falta de clareza nos processos, só prejudica o interesse
sobre a modalidade, aumentando em simultâneo a descrença quanto à verdade
desportiva. Percebo que são os procedimentos normais, mas tanta incoerência e
discrepância decisional, causa, no mínimo estranheza!
REMATE
DA SEMANA: “Se não conhecemos os nossos pontos fracos, as nossas falhas e a nossa
incoerência, não poderemos alcançar a dignidade.”Danilo Gandin
Artigo
publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 18.09.2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Competições Europeias: Impacto nos Cofres dos Clubes
No início do presente mês, fechou o
prazo de inscrição de jogadores, para as competições europeias. Já a partir do
próximo dia 18 e 20 de setembro, irão iniciar-se as fases de grupos da UEFA Champions League (CL) e da UEFA Europa League (EL), respetivamente. Os
clubes portugueses que participarão nestas duas provas, tentarão preparar-se da
melhor forma para que tenham um bom desempenho. Para além do prestígio
desportivo, da participação de um clube nestas competições, estarão muitos
milhões em jogo.
FC Porto e Benfica tinham lugares garantidos na Liga
dos Campeões, em virtude da sua classificação no campeonato português da época
2011/2012. O Braga conseguiu juntar-se ao Porto e ao Benfica, depois de ultrapassar
a Udinese no play-off. Assim,
Portugal vai ter pela terceira vez em toda a história, três equipas na fase de
grupos da Champions League. Relativamente à Liga Europa, a Académica já tinha
conseguido acesso direto à fase de grupos por ter vencido a Taça de Portugal.
Ao clube de Coimbra ainda se juntou o Sporting e o Marítimo, depois de
ultrapassarem o Horsens da Dinamarca e o Dila Gori da Geógia, respetivamente.
Estas competições, são oportunidades únicas para que os clubes encham os cofres, permitindo que tenham cada vez mais condições, para melhorar qualitativamente os ativos que constituem os seus planteis.
Para que o leitor tenha uma ideia dos valores envolvidos nestas competições, passo a reproduzir a informação publicada no site da especialidade, www.futebolfinance.com:
1. Prémio de participação: igual para todos os clubes (3,9 milhões de Euros na CL 11/12 e 620 mil Euros na EL 11/12);
2. Bónus pela participação nos jogos da fese de grupos: bónus atribuído a todos os clubes independentemente dos resultados alcançados (550 mil Euros na CL 11/12 - total de 3,3 milhões de Euros - e 60 mil Euros na EL 11/12 - total de 360 mil Euros);
3. Prémio pela performance na Fase de Grupos (800 mil por cada vitória e 400 mil por cada empate na CL 11/12 e 140 mil por cada vitória e 70 mil por cada empate na EL 11/12);
4. Market Pool: valor de direitos televisivos distribuidos de acordo com o valor do mercado televisivo do país de origem do clube;
5. Dezasseis-avos-de-final (apenas na EL): prémio pela passagem a esta fase da prova (200 mil Euros na EL 11/12);
6. Oitavos-de-final: prémio pela passagem a esta fase da prova (3 milhões de Euros na CL 11/12 e 300 mil Euros na EL 11/12);
7. Quartos-de-final: prémio pela passagem a esta fase da prova (3,3 milhões de Euros na CL 11/12 e 400 mil euros na EL 11/12);
8. Meias-finais: prémio pela passagem a esta fase da prova (4,2 milhões de Euros na CL 11/12 e 700 mil Euros na EL 11/12);
9. Finalista vencido (5,6 milhões de Euros na CL 11/12 e 2 milhões de Euros na EL 11/12);
10. Vencedor (9 milhões de Euros na CL 11/12 e 3 milhões na EL 11/12);
11. Há também que considerar o Market Pool distribuído pelas equipas que participam na EL provenientes na CL por terem atingido o 3º lugar na fase de grupos desta competição.
Num estudo publicado no site da especialidade referido
anteriormente, foi revelado que Portugal, nas últimas três épocas, conseguiu trazer
das competições europeias cerca de 104 milhões de euros, provenientes da
participação de cinco clubes nas competições da UEFA. 1. Prémio de participação: igual para todos os clubes (3,9 milhões de Euros na CL 11/12 e 620 mil Euros na EL 11/12);
2. Bónus pela participação nos jogos da fese de grupos: bónus atribuído a todos os clubes independentemente dos resultados alcançados (550 mil Euros na CL 11/12 - total de 3,3 milhões de Euros - e 60 mil Euros na EL 11/12 - total de 360 mil Euros);
3. Prémio pela performance na Fase de Grupos (800 mil por cada vitória e 400 mil por cada empate na CL 11/12 e 140 mil por cada vitória e 70 mil por cada empate na EL 11/12);
4. Market Pool: valor de direitos televisivos distribuidos de acordo com o valor do mercado televisivo do país de origem do clube;
5. Dezasseis-avos-de-final (apenas na EL): prémio pela passagem a esta fase da prova (200 mil Euros na EL 11/12);
6. Oitavos-de-final: prémio pela passagem a esta fase da prova (3 milhões de Euros na CL 11/12 e 300 mil Euros na EL 11/12);
7. Quartos-de-final: prémio pela passagem a esta fase da prova (3,3 milhões de Euros na CL 11/12 e 400 mil euros na EL 11/12);
8. Meias-finais: prémio pela passagem a esta fase da prova (4,2 milhões de Euros na CL 11/12 e 700 mil Euros na EL 11/12);
9. Finalista vencido (5,6 milhões de Euros na CL 11/12 e 2 milhões de Euros na EL 11/12);
10. Vencedor (9 milhões de Euros na CL 11/12 e 3 milhões na EL 11/12);
11. Há também que considerar o Market Pool distribuído pelas equipas que participam na EL provenientes na CL por terem atingido o 3º lugar na fase de grupos desta competição.
Relativamente à análise feita aos
clubes, verificou-se que existem dois portugueses no topo 20. Em 15º lugar está o FC Porto com um encaixe de 39.209.000
€ e em 18º lugar o S. L. Benfica, com 36.400.000 €. Um pouco mais abaixo na
classificação da UEFA, ainda tivemos em 49º lugar o Sporting de Braga
18.591.000 €, em 67º o Sporting C. P., 8.724.000
€ e por fim, o Nacional
da Madeira em 117º lugar, com um encaixe financeiro de 1.442.000 €.
Se as três épocas anteriores, com cinco clubes participantes foram
prósperas, agora com a participação de mais um, esperamos que o êxito seja ainda
maior. Tanta falta fará ao país esse dinheiro, no momento que atravessamos!
Desejamos que seja devidamente aplicado!
REMATE DA SEMANA: “Ganhamos força, coragem e confiança, a cada
experiência em que verdadeiramente paramos para enfrentar o medo.”
(Eleanor Roosevelt)
(Eleanor Roosevelt)
Publicado no Jornal Tribuna Desportiva
de 11.09.2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Competências relacionais do treinador
Cada vez mais se procura
conhecer, quais as caraterísticas que despoleta o sucesso dos treinadores na
sua atividade profissional. Segundo Pacheco (2005) “…a preparação dos jogadores assume-se como um processo complexo, que
exige o domínio de um leque alargado de competências”. Na minha opinião,
este domínio de competências diz respeito a dois cenários: 1. o treino como um
meio de preparar os jogadores/equipa para a competição; 2. a forma como o jogo
é gerido, com base nos sucessivos acontecimentos.
Segundo o que tenho lido em
artigos científicos da especialidade, o treinador deve ter um domínio alargado
sobre algumas competências, no que diz respeito à sua atuação nos dois cenários
anteriormente enunciados. Neste artigo, vou dar especial ênfase às competências
afetas à relação do treinador com os diferentes agentes. Estas competências vão
ser explicadas sucintamente, através de uma divisão concetual. Apesar de as
apresentar separadas, considero que todas elas se relacionam, estabelecendo um
clima de dependência no que à atividade do treinador diz respeito.
1.
Competências
psicológicas
Será
fundamental que o treinador seja capaz de avaliar o perfil psicológico dos seus
jogadores. Além de traçar as suas características, deverá saber como é que o
jogador reage a diferentes estímulos. É com base nestes pressupostos, que se equilibra
a relação treinador-jogador. Assim, o treinador conseguirá perceber como deve
lidar com cada elemento da equipa, como motivá-lo, puni-lo, corrigi-lo, regular
o seu estado de ansiedade, aumentar ou diminuir os seus níveis de ativação,
etc.
2.
Competência
na comunicação
Todos nós
sabemos que o treinador tem de comunicar com diferentes agentes desportivos.
Desde a comunicação social até aos próprios jogadores, o treinador deverá ser
capaz de transmitir a mensagem desejada. Uma mensagem mal interpretada, por um
jogador, poderá colocar em causa o rendimento de uma equipa. Assim como, uma
mensagem pouco objetiva, poderá fazer com que a comunicação social, extrapole
para situações que ponham em causa a estabilidade do grupo de trabalho. Neste
sentido quando o treinador comunica com os diferentes agentes desportivos,
deverá sempre utilizar uma estratégia que leve a que o “eco” da sua mensagem, beneficie
o grupo de trabalho, sendo que esta deverá ser a sua principal preocupação.
Segundo Beswick (2001) “… treinar é um
acto de permanente comunicação, e os bons treinadores conseguem explicar
claramente o que pretendem dos atletas, tornando-os capazes de concretizar aquilo
que lhes é exigido.”.
3.
Competência
na liderança
Tendo em conta
aquilo que vamos observando dos melhores treinadores mundiais, a liderança é
considerada como um aspeto “vital”, à sobrevivência do treinador no meio
desportivo. A ação de liderar, na minha opinião, está diretamente relacionada
com a capacidade de influenciar. Influenciar, para que o jogador/equipa,
realize de uma forma motivada as tarefas propostas pelo treinador. Outra ideia
que me parece importante, é que o estilo de liderança do treinador, seja capaz
de aglutinar toda a equipa em torno das missões propostas para os diferentes
jogos e, fundamentalmente, para os objetivos do clube.
A capacidade
de encontrar novas soluções para os problemas relacionados com o jogo e treino,
pode ser uma forma de criar um ambiente carismático à volta do treinador. Hoje
em dia, muitos dos treinadores repetem aquilo que lhes é transmitido nas
formações, ou copiam exercícios ou formas de jogar de outros. Penso que um
treinador que promova situações novas, adaptadas ao contexto onde atua, pode
transmitir uma forte imagem de competência. Fundamental, é que o produto da sua
criatividade seja aceite e compreendido por todo o grupo de trabalho, para que
todos se envolvam nas suas ideias, resultando num esforço comum que leve à
vitória.
5.
Inteligência
emocional
Tendo em conta
as definições de inteligência emocional de Goleman (1999), associando-as às
funções do treinador, este deverá ser capaz de reconhecer os seus próprios
sentimentos e dos seus jogadores. Assim proporcionará um eficaz autocontrolo,
que por sua vez, não permitirá que as emoções do jogo, influenciem
negativamente a sua capacidade de tomar decisões sobre o mesmo.
Com certeza que sem perceber o
efeito de um determinado medicamento, o médico nunca poderá prescreve-lo para
chegar à cura de uma doença. O que muitas vezes não acontece no treino
desportivo!… Muitos utilizam determinadas metodologias, exercícios e formas de
estar, formas de comunicar e afins, sem perceber o seu efeito. Quando não se
percebe o seu efeito, dificilmente se acredita que traga rendimento! Dificilmente
se faz com que os outros acreditem que o efeito é profícuo!
REMATE
DA SEMANA: “Os ventos e as ondas estão
sempre do lado dos navegadores mais competentes”. Edward Gibbon
Artigo Publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 4.09.2012
O Coaching: Uma Área Impulsionadora do Rendimento!
Esta semana, sem previsão
aparente, tive a oportunidade de conhecer um especialista na área do coaching. Depois de algum tempo de
conversa com esse especialista, senti que os meus conhecimentos nesta área
deveriam ser nitidamente aprofundados! Após algumas pesquisas, achei que seria
um tema interessante, para vos apresentar no artigo que vos trago esta semana. Este
é um tema transversal que não se aplica unicamente ao desporto mas sim, a todas
as áreas profissionais, social, familiares, etc. Espero que vos desperte o
interesse!
O
que é o coaching?
Rui Lança
menciona que "o
coaching refere-se a uma categoria de
comportamentos assentes num claro conjunto de valores, nomeadamente: auto-desenvolvimento, respeito e autonomia. Pode ser tomado
como um processo que visa fomentar no coachee o conhecimento de si mesmo e impulsionar
o desejo de melhorar ao longo do tempo (e a longo prazo), bem como a
orientação necessária para que a mudança
se produza.”
Segundo
Timothy Gallwey (Técnico de Ténis nos EUA), “o coaching é uma forma de
aprendizagem pessoal e não imposta, isto é, não se trata aqui do aprendiz tomar
contacto com os novos conhecimentos cedidos por um professor, mas sim, do coach
ajudar o seu discípulo a treinar as suas aptidões pessoais.”
Quais
os grupos de intervenção?
Curiosamente, muitos treinadores
desportivos, recorrem a estes “treinadores” (Coach), para melhorar as suas competências de liderança, junto de
todos os intervenientes.
Mas a atuação destes profissionais, na
otimização de resultados desportivos, não se prende apenas com treinadores,
também têm tido reconhecidos resultados com desportistas. André
Agassi, Tiger Woods e Michael Jordan são exemplos disso mesmo. Estes bons
resultados, deveram-se e muito, à favorável relação complementar que os
técnicos de coaching estabeleceram com
as respetivas equipas técnicas pois, todos integraram a mesma missão, aumentar
o rendimento dos desportistas.
Na
prática como funciona?
Para responder a esta questão,
recorri à procura de um pequeno exemplo, que possa elucidar o leitor sob uma
das formas de intervenção do coach. Suzy Fleury é uma especialista em coaching que trabalhou com Rivaldo,
Romário, Roberto Carlos, Ronaldo (fenómeno) e Ronaldinho Gaúcho. Numa
entrevista dada num blogue da especialidade deu um exemplo resumido do efeito
do coaching na modificação do comportamento de um desportista. Num determinado
momento, atendeu um jogador da seleção brasileira, que no jogo anterior tinha
cuspido um adversário, tendo ficado três jogos suspensos. Durante a sessão de
coaching, foi-lhe perguntado “…qual o teu
grande objetivo? Resposta: A seleção. Este comportamento ajuda-te ou
atrapalha-te? Resposta: Atrapalha! Que ilações pode tirar do acontecimento? O
que pode aprender com ele? O que pode melhorar? Não terás mais nenhuma
oportunidade para cuspir! E não sei se vais continuar a ser considerado um
jogador para a seleção brasileira!” Com isto a coach pretendeu trabalhar a consciência e reposicionamento de
atitude, comportamento. Susy Fleuy acrescentou ainda que no final da consulta,
o jogador em causa tirou a foto do filho da carteira e fez um compromisso com
ele, escrevendo no verso da foto o compromisso assumido.
Neste exemplo é perentório que a especialista,
através de perguntas e respostas, ajudou o desportista a descobrir o seu
próprio caminho, sem que lhe tenha dito diretamente o que deveria fazer ou não.
Este é um pequeno exemplo de uma forma de atuar individualmente, com vista a
ultrapassar um problema, ajudando o desportista a focar-se no seu objetivo
fundamental, neste caso a seleção.
Para que não fique com a
imagem de qua a intervenção destes profissionais se resumem a diálogos, o Coach para intervir junto do seu
cliente, poderá recorrer a entrevistas, análise de perfil, testes, exercícios
práticos, jogos e avaliações que mostram como a pessoa se encontra no momento
presente e o que ele necessita melhorar, entre outros.
REMATE DA SEMANA: “Todos
possuem vontade de vencer, mas poucos possuem a vontade de se preparar para vencer.”
Vince
Lombardi
Artigo Publicado no Jornal Tribuna Desportiva de 28.08.2012
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